sexta-feira, 11 de junho de 2010

Há dias assim


Se bem me lembro foi este o título da canção portuguesa no festival da eurovisão. No meu caso, nem são bem dias, são semanas, meses, anos!, sim, por acumulação...

Há dias em que me questiono porque é que o mundo gira tão lentamente, porque é que toda a gente parece estar em slow motion quando eu me movimento a mil à hora com dezenas de tarefas e solicitações, quantas simultâneas, e toda a gente se movimenta levitando, como se não tocásse no chão.

Há dias, semanas, meses, em que nos cai o mundo todo em cima, em que até Atlas se questiona como aguentamos, em que queremos atirar tudo ao ar, desistir, gritar, chorar; em que até a representação que tão bem aprendemos a fazer se torna difícil. Mas depois há aquele momento, que surge nem se sabe bem como ou de onde em que uma palavra rompe as nuvens e de lá brota um morno raio de sol, que nos ilumina o sorriso e o torna natural e finalmente espontâneo... o que fazemos realmente toca alguém; alguém nos confessa que a sua postura, a sua motivação, a sua energia muda por meio do nosso toque. E um sorriso brota como na terra seca e crestada do barro há muito sedento...

Obrigado Sr. Júlio! Obrigado por ter trazido aquele raio de sol à minha tão sombria e chuvosa semana. É realmente revigorante e vou transportar esse calor no bolso juntinho ao coração ao longo de toda esta tormenta.