sábado, 18 de fevereiro de 2012

O tempo voa


E aí vem mais um ano no cartão de cidadão...
Até aos 18 andei a remos, nunca mais avançava... dos 20 aos 30, em velocidade de cruzeiro - maravilha... depois dos 30? Como é que se abranda o jet-ski??
É verdade que não me posso queixar. Aos 25 já tinha muito mais do que algumas pessoas de 35, no entanto, falta-me o mais importante... Acredito que lá chegarei; preciso de acreditar. É o motor da minha vida. Se deixar de acreditar, tudo o que faço, toda esta luta diária será em vão, será esforço inglório que visa a mera sobrevivência, por isso mantenho o sorriso e acredito que o pote de ouro realmente existe no fim do arco-íris.
Se puder permitir-me, deixo um conselho, o mais importante que aprendi até hoje (ou dos mais importantes): há que pensar muito bem antes de dizer que não se entende como algo pode acontecer ou criticar algo de forma depreciativa; a vida arranja maneira de nos fazer entender sentindo na pele. 34 anos depois de amanhã, se lá chegar, e este é o conselho que preciso de deixar, para já. Claro que há outros, mas hoje só falarei neste. Ou então não... não resisto a dizer: aproveitem cada segundo do vosso dia, mesmo que ele esteja a correr muito mal e só vos apeteça mandar tudo e todos para o outro lado. Nunca se sabe quando o tempo acaba. O tempo voa e quando olhamos para trás, é bom ver que aproveitámos ao máximo o sabor dos nossos dias, sem desperdiçar em queixumes, em mau humor, em mesquinhices e sentimentos negativos.
Não sou uma pessoa matinal, demoro para realmente acordar, mas fico feliz de cada vez que abro os olhos de manhã porque consigo ver, andar, cheirar, sentir e, quando olho pela varanda, sei que o sol, a chuva, o vento, o mundo, me esperam e preciso de os receber de braços abertos. O amanhã é hoje porque, como disse Janis Joplin, tomorrow never happens man... it's all the same fucking thing... mas este fucking thing não precisa de ser duro ou triste ou difícil, por mais pesado que seja o nosso fardo. Vivam como se não houvesse amanhã, porque pode não haver daqui a bocado

(imagem: it's good to be alive, by Rosie Hardy)