sexta-feira, 6 de maio de 2011

Será demais?

Será o sonho algo de excessivo? Será demais querer algo uma vida inteira? Poderá ser obsessivo ao ponto de ter reflexos físicos?
Sonha-se, imagina-se, guarda-se o sofrimento duma ansiedade que nos sufoca ao mesmo tempo que nos invade de vida e de força, que nos motiva e empurra na vida. Vai-se aguentando dentro de certos limites, afinal, um sonho é imaterial, carrega-se e impulsiona-se mas não se palpa. E quando se torna possível materialização? O medo primeiro, o pânico depois, a ansiedade que aumenta exponencialmente e quase nos faz explodir porque a espera foi tão longa que tem que ser já, não dá para protelar mais, simplesmente não dá! Agora, antes que o medo da materialização invada e paralise. Mas nada... um mês, e outro, e outro,... Conjecturam-se todas as hipóteses, afastam-se todas as hipóteses, até que parece haver uma luz, algo baça, algo tremelicante, mas uma luz a que nos agarramos com todas as forças e, embora se consiga justificar cada átomo, cada reflexo, é uma esperança que envolve e imobiliza, é tão grande e tão forte que embacia toda a realidade. E depois o nevoeiro dissipa e nada mudou, afinal...
Para a próxima! Para a próxima será!!