sexta-feira, 29 de outubro de 2010
A change is gonna come
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Flavour
I was recently told life is pink and tastes of chocolate. It is rather an over-romantic dreamy line and a somewhat difficult to take seriously statement but the truth is… it got me wondering: what colour would I say my life is and what does it taste like? Well, I am tempted to say it is blue, but that would suggest sadness, or white, but that would imply blankness, so I have to admit I am still puzzled and undecided as to what colour my life is.
As for taste, well, that I know; it tastes of morning air. It may feel more like a smell rather than a taste, but I mean that dewy fresh feeling that rests on one’s throat after taking a deep breath on a beautiful spring morning while there is still a light fog, just above the grass line… that’s what my life tastes like.
sábado, 7 de agosto de 2010
Desalento inerente
E simplesmente vais deitar-te, sem sequer tentar perceber o que estás a fazer de errado, porque, afinal, ao que parece, a culpa é minha, certo?
Desde sempre, mas sobretudo desde que tudo isto começou, eu tenho sido quem apara os golpes, quem segura a situação, quem te ampara, te dá alento e colo, sou eu quem tenta levantar-te e fazer-te ver a vida; mas não na tua óptica, pelo menos não de forma total. Dependendo da altura do dia, dependendo do teu estado de (in)consciência, eu tanto sou o teu anjo, que te guia e te segura, como sou eu quem te chateia e começa discussões que só tu sabes que temos (porque eu estou perdida, a tentar perceber que raio dizes, que encadeamente fizeste, e porque usas esse tom). No entanto, quem muda és tu, que usa expressões como “lá estás tu” quando é a primeiríssima vez que toco no assunto, e quem distorce és tu.
Ninguém seria, ninguém é, tão compreensivo, tão paciente, tão amigo, como eu, mas sou eu quem se esgota a chorar depois de te deitares porque não entendes o que andas a fazer de errado, e pelos vistos também não tens interesse em saber, porque não pensas no assunto.
Eu não sou psicóloga. Eu faço o melhor que sei, conforme posso, nem os teus pais te conhecem como eu e mesmo assim não consigo. Passas do mimo excessivo à agressividade gratuíta. Temos visões diferentes sobre um simples filme. Estás farto de saber a minha opinião, mas tratas o assunto com um dramatismo exacerbado, contorcido. De um momento para o outro eu já estou a querer impedir-te de comprar filmes porque considero que és bronco e os meus são melhores do que os teus, mesmo que alguns (dos meus) não sirvam para nada. Não foi nada disso e estás a distorcer tudo sem qualquer necessidade. Mas queres ouvir, realmente ouvir, o que eu digo? Não. Preferes usar esse tom como se fosse eu a mudar de postura e a tentar dominar algo sem qualque sentido. E eu estou a sentir-me completamente estúpida e sem qualquer coerência a debitar isto tudo porque apenas eu vi e senti; não consigo descrever e aposto que não entenderias se lesses ou mesmo se ouvisses, porque, neste momento, só ouves o que pensas; nem o que dizes ouves.
Amanhã vais levantar-te como sempre, a deambular, a procurar-me, e não vais lembrar-te do que fizeste porque, mesmo que te lembres, vais virar costas e preferir deixar para trás. Eu vou ficar a moer, a acumular e... a recear que com o avançar do dia e o teu despertar volte a acontecer. E como é que eu te faço ver e entender algo para o qual fechas os olhos ou viras as costas?
Toda a gente me pede paciência e todos se preocupam comigo, mas no fundo, a preocupação de toda a gente é contigo; é com a minha postura para contigo; é sobre a minha real capacidade de aguentar, suportar e carregar tudo o que se passa. Se eu não percebesse isso talvez fosse mais fácil, porque poderia enganar-me e acreditar; mas eu percebo e não posso dizer isso como gostaria – bem alto, bem rápido, lavando a alma!
Vou continuar do teu lado, vou continuar a segurar a tua cabeça, mas não será estranho quando me apetecer sair porta fora porque não aguento mais e preciso de explodir; só que não o farei, porque terei sempre medo que desta vez saltes mesmo da varanda, não estando lá eu para te segurar. Por isso dorme. É melhor que durmas, mesmo que a pensar que não me entendes e não sabes o que fizeste (nada) para que eu evite olhar-te e pouco te fale antes de te deitares com toda essa razão que não tens e não entendes
domingo, 11 de julho de 2010
If only I could
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Como estás?
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Há dias assim
Se bem me lembro foi este o título da canção portuguesa no festival da eurovisão. No meu caso, nem são bem dias, são semanas, meses, anos!, sim, por acumulação...
Há dias em que me questiono porque é que o mundo gira tão lentamente, porque é que toda a gente parece estar em slow motion quando eu me movimento a mil à hora com dezenas de tarefas e solicitações, quantas simultâneas, e toda a gente se movimenta levitando, como se não tocásse no chão.
Há dias, semanas, meses, em que nos cai o mundo todo em cima, em que até Atlas se questiona como aguentamos, em que queremos atirar tudo ao ar, desistir, gritar, chorar; em que até a representação que tão bem aprendemos a fazer se torna difícil. Mas depois há aquele momento, que surge nem se sabe bem como ou de onde em que uma palavra rompe as nuvens e de lá brota um morno raio de sol, que nos ilumina o sorriso e o torna natural e finalmente espontâneo... o que fazemos realmente toca alguém; alguém nos confessa que a sua postura, a sua motivação, a sua energia muda por meio do nosso toque. E um sorriso brota como na terra seca e crestada do barro há muito sedento...
Obrigado Sr. Júlio! Obrigado por ter trazido aquele raio de sol à minha tão sombria e chuvosa semana. É realmente revigorante e vou transportar esse calor no bolso juntinho ao coração ao longo de toda esta tormenta.