quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Já?!

Holy f...&#@...k!! De repente já nos 35?? Como é que eu aqui cheguei? E tão rápido!!
Na adolescência mal podia esperar pelos 18. Seria a grande revolução, o grito de Ipiranga, mas nem um gemido de Ipiranga, foi a grande decepção... nada mudou, mas ficou tudo bem. Perspectivava a minha vida até aos 25; tinha tudo imaginado, sonhado, não propriamente planeado. A partir daí, nada! Era o escuro total, como se nada mais houvesse. Os anos sucediam-se e eu continuava na penumbra. Tinha receio dos 30, imaginei que entraria em tal depressão que não sairia de casa nesse dia. Mas não... Tudo bem, gostei e até me senti muito bem, afinal, fazendo o balanço, não tinha tudo o que havia projectado mas tinha algumas e outras que nem havia sonhado. Não estava mal :) Só não pensava chegar a metade da minha vida (se a esperança forem os 70) sem conseguir o único sonho que sempre me moveu; essa é a minha grande tristeza - ter falhado nesse único e enorme ponto, não ter cumprido a meta. Nem tudo está perdido, mas está fugidio, difícil e impossível de retornar. Conselho? Se eu puder dizer: não esperem por ter tudo certo, tudo preparado. Muitas vezes esperamos pelo cenário perfeito e, quando finalmente fica pronto, a peça não estreia no dia que queríamos e o desalento é derrubador. A vida avança e quando damos por ela já deu um salto em comprimento... Agora resta esperar e nada é mais desesperante do que não poder fazer nada.
Bem que me diziam que a vida foge e que é preciso aproveitá-la. Eis um arrependimento que não tenho. Se não aproveitei mais (até agora) foi porque realmente não pude. O que fiz foi sempre de todo o coração, com a alma completa e corpo inteiro. Agora é continuar, sempre um dia de cada vez, e tentar que não caia tudo porque, para já, está tudo (bastante bem para a idade) no sítio ;) hehehehe

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