terça-feira, 24 de novembro de 2009

Também fui...


Hoje fez parte do noticiário da tarde a situação dramática em que vive a sociedade actual, no que se refere a violência doméstica. É muito duro e é muito vergonhoso ver que tal se repete incessantemente mas que é condensado numa notícia, esmagada entre outras notícias, como se de apenas mais uma situação se tratasse. Aquelas mulheres merecem mais respeito! Inserir uma notícia no alinhamento, daquela forma, não é um chamar de atenção, é mais violência. Francamente, choca-me muito mais este tipo de violência do que atentados que matam milhares de inocentes. Perdoem-me o egoísmo mas vivi violência e nunca vivi um atentado. Se tivesse sido o inverso, de certo que teria uma perspectiva diferente.
Cresci com violência, a minha educação teve sempre esse pano de fundo e na idade adulta tive que lidar directamente com violência, por isso me choca, me revolta, me agonia ler, ver, ouvir, saber que tal existe de forma impune. Neste momento, já nem de marido e mulher se trata; as jovens na escola básica já sofrem caladas e, provavelmente, sem perceberem o que lhes está a acontecer, o que só auxilia a perpetuação do ciclo.
Não vou nem aflorar o que poderá estar na origem de tais comportamentos. Como toda a gente, tenho várias visões e perspectivas do ponto de partida. Mas não resisto a dizer isto: pais, mães, PAREM DE FAZER OS VOSSOS FILHOS ACREDITAR QUE PODEM TER TUDO O QUE QUISEREM! As pessoas não são posse, a escravatura há muito que terminou e, por mais diferenças que existam entre as pessoas, não há estratificação para o Ser Humano.

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